segunda-feira, 27 de abril de 2009

Desabafo de um Alien - Parte II



É, mais uma vez aqui para reafirmar essa sensação que me aflige em ser estranho, um alien. Esses dias escrevi uma crônica relatando minha experiência com uma garota fã de João Bosco & Vinicius e eu os confundindo com o João Bosco (do Papel Machê) e com o Vinicius (de Moraes).
Depois de feita a crônica decidi fazê-la circular, não sem antes ficar esperando a reação dos que a liam. Que graça teria não ter esse “feed back”? Pois bem, mais uma vez me reafirmei como o alien que sou. Teve uma pessoa que logo de início já disse:
- Nossa, não conheço nenhuma dessas bandas que citou aqui!
- Ah, mas minha intenção nem é de criticar que não as conhecem. Na verdade é uma autocrítica em relação a minha ignorância em não saber o que está fazendo sucesso hoje.
Outra pessoa fez pior, quando chegou na parte em que a garota pergunta se eu tinha João Bosco & Vinicius a leitora gritou: “- Aaaii, adooooro eles!!!”
Pronto, pensei, acho melhor tomar a crônica das mãos dela antes que ela chegue ao final e fique constrangida por também não conhecer os meus João Bosco e Vinicius.
Tarde demais, ela se entusiasmou tanto que foi lendo e cantarolando a malfadada música que cito na crônica: “...não era para você se apaixonar...” e eu me desesperando, suando frio e torcendo para ela desistir da leitura. E foi até o final. Claro que fiz de conta que não percebi, mas percebi! Agora tenho que tomar cuidado para que ela não leia esta crônica, ou será outro constrangimento.
Como é engraçada a reação das pessoas. No fim quase que não me sinto tão alien assim. Teve uma que pouco se importou com meu relato decepcionante musical, estava mais interessada em saber quem era a garota que coloquei no carro. E ficou insistindo para que contasse quem era.
- Me diz quem foi! – quase me pondo uma arma na fronte para revelar um nome.
- Mas nem eu lembro mais o nome da garota!
- Sabe sim, você que não quer contar.
- Encontro de balada, não é ninguém conhecida. Nunca mais vi a pessoa!
- Ah, acho que sei quem é! É a fulana, né?!
- Claro que não! Tô falando que nem me lembro o nome da garota. – Frustrado por perceber que pouco importou a minha crônica, o que importava mesmo era com quem eu estava saindo. Tá aí, vou escrever uma biografia!
Enfim, acho que tem vários aliens por aqui, talvez de planetas diferentes, mas ainda assim aliens.
Quem sabe um dia consigo reunir alguns espécimes do mesmo planeta, consertamos nossa nave e voltamos felizes ao nosso planeta ao som de Nina Simone, David Bowie, Caetano Veloso, Peter Gabriel e todos esses sons que não posso ouvir sem antes ver alguém torcer o nariz.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Desabafo de um alien



Alien, alienígena, estrangeiro, ser de outro planeta.
Passei um tempo em São Paulo. Na Capital tive contato com pessoas, tribos e sons os quais trago até hoje boas recordações e o gosto típico de uma fase, de uma era.
Aqui no interior sempre tive dificuldade em achar alguém que curtisse o mesmo estilo. Sons como: David Bowie, INXS, U2, Peter Gabriel, Talking heads, The Police, Queen, Depeche Mode, Nina Simone, etc... são conhecidos por poucos.
Era sempre engraçado e triste ao mesmo tempo ver a reação das garotas que convidava para dar umas “voltas”. No momento em que elas entravam no fusca bege (companheiro de grandes aventuras) e torciam a cara quando colocava algum dos meus “sons”. Foi difícil no começo, mas descobri que, dentre os variados CD’s que trazia em meu porta luvas, um deles, ao menos, elas gostavam: Roxette.
Sempre fiel ao meu estilo, nunca me permiti ter sons contrários ao meu gosto, ainda que a turba exigisse sempre sons como Leandro e Leonardo, Rick e Renner, Raça negra e coisas afins. Nada contra quem gosta, apenas não curto.
Muito tempo se passou... casamento, filho, separação, casamento de novo, filho de novo e mais uma separação. Voltar a sair. Baladas. Novos passeios. Gente nova.
Foi em um desses passeios que mais uma vez tive a estranha sensação que não sentia há muito tempo. Depois da “balada” um convite para carona. Garota no carro.
– Deixa eu ver seus CD’s! – Diz a garota
– Claro!
– Nossa... não conheço nada que tem aqui. Você não tem João Bosco e Vinicius?
Meu coração disparou. Soltei aquele: – Ham?! – para dar tempo de raciocinar e aceitar a sorte grande que me batia a porta.
– Sim, João Bosco e Vinicius. Você tem?
– Puxa, eu tenho sim, mas nem carrego no carro, pois nunca achei alguém que gostasse de ouvir.
– Sério?! Nossa, não sei como pode ter pessoas que não gostam deles.
– Verdade! – Concordei feliz. – Na verdade devo ter alguma coisa do João Bosco aqui sim, mas uma ou duas músicas. Agora sou franco em dizer que do Vinicius não tenho nada cantado por ele.
– Eu não sabia que eles cantaram separados antes do sucesso.
– Eu que não sabia que o João Bosco havia feito parceria com o Vinicius antes desse falecer, sabia que ele tinha feito parceria com o Toquinho.
– Falecer?!
– Sim, o Vinicius.
– Nossa! Quando isso?!
– Agora me pegou, mas faz tempo. Muito tempo.
– Ah, impossível. Eu fiquei sabendo de um show dos dois no final de semana passado.
– O quê?! Na Tv? Pode ser gravação. Na TV Cultura sempre passa umas gravações do Toquinho com o Vinicius.
– Não, não, em Curitiba fizeram um Show e até gravaram um DVD.
Fiquei atônito. Senti-me muito mal. A alegria de outrora o desespero de agora. Primeiro porque minha total ignorância em nunca ter imaginado que o João Bosco pudesse ter feito parceria com o grande Vinicius de Moraes e segundo por ter que explicar para a garota, que havia conquistado todo meu respeito por ter um gosto tão refinado, que o Vinicius já não fazia mais parte deste mundo quando ela era ainda uma criança! Até que ela me perguntou:
– Quem é esse Toquinho?
Então, por alguns segundos, fiquei refletindo como poderia uma fã do Vinicius e do João Bosco nunca ter ouvido falar do Toquinho.
– O Toquinho!!! “Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo...” – cantarolei para completar meu estilo alien de ser.
– Nossa, num sei.
Então o mundo desabou em minha cabeça e comecei a compreender o quanto sou ignorante e desinformado musicalmente falando. As coisas começaram a clarear em minha mente e, para confirmar, solicitei que cantasse um trecho de uma música dos dois.
– “Não era pra você se apaixonar. Era só pra gente ficar, Eu te avisei Meu bem eu te avisei.”

– Ah... Ta... – Respondi desolado, humilhado por minha própria ignorância, sem saber se deveria ou não continuar dizendo que os conhecia mas que realmente o Vinicius estava vivo ou se revelava que sou um cara desinformado, antiquado, alienígena.
Preferi revelar minha confusão. Vai que ela me pede para cantar junto com ela alguma música dos dois.
Continuamos a noite, obviamente sem João Bosco e Vinicius e sem eu mostrar o que tinha do João Bosco também, afinal ela poderia descobrir que sou um alien ao ouvir Papel Machê, Das dores do oratório e não querer mais ficar comigo. Depois de ouvir mais alguns trechos do João Bosco e Vinicius (os dela), agradeci mentalmente por ser um alien, porém, infelizmente hoje sei quem são João Bosco & Vinicius (os dela), mas ela continua sem saber quem são João Bosco e Vinicius (os meus).

terça-feira, 21 de outubro de 2008

sábado, 9 de fevereiro de 2008

I just wanna be like Vincet Price...is this my history???


Vincent Malloy is seven years old,He's always polite and does what he's told.For a boy his age he's considerate and nice, But he wants to be just like Vincent Price. He doesn't mind living with his sister, dog and cat, Though he'd rather share a home with spiders and bats.There he could reflect on the horrors he's invented, And wander dark hallways alone and tormented.
Vincent is nice when his aunt comes to see him, But imagines dipping her in wax for his wax museum. He likes to experiment on his dog Abacrombie, In the hopes of creating a horrible zombie. So he and his horrible zombie dog, Could go searching for victims in the London fog.
His thoughts aren't only of ghoulish crime, He likes to paint and read to pass the time. While other kids read books like Go Jane Go, Vincent's favorite author is Edgar Allen Poe. One night while reading a gruesome tale, He read a passage that made him turn pale. Such horrible news he could not survive, For his beautiful wife had been buried alive. He dug out her grave to make sure she was dead, Unaware that her grave was his mother's flower bed. His mother sent Vincent off to his room, He knew he'd been banished to the tower of doom. Where he was sentenced to spend the rest of his life, Alone with a portrait of his beautiful wife. While alone and insane, encased in his tomb, Vincent's mother suddenly burst into the room. "If you want to you can go outside and play. It's sunny outside and a beautiful day." Vincent tried to talk, but he just couldn't speak, The years of isolation had made him quite weak. So he took out some paper, and scrawled with a pen, "I am possessed by this house, and can never leave it again." His mother said, "You're not possessed, and you're not almost dead. These games that you play are all in your head.
You're not Vincent Price, you're Vincent Malloy. You're not tormented or insane, you're just a young boy." "You're seven years old, and you're my son, I want you to get outside and have some real fun." Her anger now spent, she walked out through the hall, While Vincent backed slowly against the wall. The room started to sway, to shiver and creak. His horrid insanity had reached its peak. He saw Abacrombie his zombie slave, And heard his wife call from beyond the grave. She spoke from her coffin, and made ghoulish demands. While through cracking walls reached skeleton hands. Every horror in his life that had crept through his dreams, Swept his mad laugh to terrified screams. To escape the madness, he reached for the door, But fell limp and lifeless down on the floor. His voice was soft and very slow, As he quoted The Raven from Edgar Allen Poe, "And my soul from out that shadow that lies floating on the floor, Shall be lifted - Nevermore!"

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Multirão na Loja R+C Bauru - AMORC


Eu, Frater André e Esposa, Mano Júlio e Soror Gi

quinta-feira, 22 de novembro de 2007